Jamil

  Assim como todo mês de julho, o de 2009 não foi diferente, a temporada de inverno já tinha chegado na cidade de Natal.
  Mesmo se sentindo diferente com a mudança e de como sua vida mudaria a partir daquele instante, Carlos estava apavorado com seu primeiro dia de aula e mesmo não sendo muito fácil de adaptar á mudanças, sentia que toda essa novidade o prendia de uma forma tão misteriosa que não hesitou em ficar.
  Os pais de Carlos nunca tiveram uma excelente condição financeira, mas mesmo assim fazia de tudo para dar a melhor educação possível para seus filhos, mesmo que para isso precisasse abdicar de seus sonhos e deixar para traz toda uma vida no interior do estado.
  Como todo garoto de 15 anos, mal tomou café da manhã ansioso com o primeiro dia de aula, arrumou sua mochila e ao perceber que o tempo já se havia adiantado, foi para a parada esperar o ônibus.
  Quando chegou ao colégio, ficou encantado com seu tamanho e foi logo procurar a sua sala. A primeira aula foi do professor gétulio, um velho professor de história, que cativou carlos com seu carisma e sabedoria, já que ele transmitiu bastante confiança para seus alunos.
  Muito entretido com a aula de história carlos se esqueceu de pedir ao professor para ir ao banheiro e decidiu pedir para o professor da aula seguinte, rivaildo o professor de matemática que mesmo estando de mau humor permitiu e percebendo o nervosismo do garoto ensinou-o a direção a seguir.
  Carlos saiu da sala correndo com tanta pressa que esbarrou em uma menina derrubando o material, ele ajudou-a e seguiu sem fazer nenhuma pergunta. Ao voltar para a sala ficou entediado, pois o professor era um chato e ficou a lembrar do rosto da menina misteriosa que o encantou.
  As aulas naquele momento passaram depressa e na hora do intervalo decidiu aproveitar para conhecer mais o novo colégio e fazer novas amizades.
  Na volta para sala chocou-se novamente com uma menina e ao se olharem percebeu que já se haviam cruzado. Eles se entre olharam, mas por um curto espaço de tempo já que as amigas dela a puxaram sem dar tempo deles se desculparem e se cumprimentarem.
  O clima que ficou nos dois encontros não deixou com que carlos dormisse, levantou-se cedo, fez seu café da manhã e correu para não pegar o ônibus muito lotado. Sentou-se no banco da parada onde um senhor com aparência de muita idade o perguntou:
    -Bom dia, você é novo por aqui?
-Sou sim-ficou espantando com o senhor e com medo
-não fique espantado, hoje vai te acontecer uma coisa boa, mas tome muito cuidado no caminho de volta.
  Espantado, viu o ônibus passar, pediu parada, entrando rapidamente olhou para o ponto, ficando assustado com o que viu não deu muito importância esperando o ônibus da partida.
  Mesmo depois daquele momento no ponto de ônibus, não conseguiu parar de pensar na visão e acreditar na fala do senhor, ficou nessa ladainha até chegar perto do ponto de ônibus perto do colégio.
  Depois de aproximadamente 15 minutos, desceu no ponto de ônibus a uma quadra do colégio e foi andando até lá, sem pensar assim que chegou ao colégio foi direto a sua sala, deixou suas coisas e olhou para o relógio ,vendo que estava muito cedo decidiu sentar em um dos bancos que tinha no corredor.
  Minutos antes em algum bairro rico da cidade se encontrava Helena, estava se arrumando para ir ao colégio. Já estava aperreada com o atraso do seu pai , que num era muito de se atrasar.
  Sem muita paciência foi chama-lo no seu quarto, mas chegando lá no quarto seu pai não se encontrava. Começou a pensar besteira, e onde seu pai podia estar depois de uns dois minutos ouviu sua irmã mais velha gritar. Sabia muito bem que quando sua irmã começava a gritar podia ter acontecido alguma coisa de ruim então correu para o quarto sem ver nada de estranho.
  Então depois de alguns minutos olha ouve seu pai chamar:
   -Vamos amelia, já estamos muito atrasado.
   -está bem pai estou descendo.
  Para ver se tinha acontecido algo foi logo descendo e indo a cozinha, chegando lá seu pai puxou e a levou para o carro ,nem deu tempo para fazer seu lanche.
  Não entendendo muito bem o que estava acontecendo entrou logo no carro indo em direção ao colégio. No meio do caminhou se atreveu a pergunta ao pai.
  -Pai por que a pressa e por que levantou tão cedo?
  -nada não minha filha é só por que tenho uma reunião de emergência na empresa-(respondeu sem muita paciência)
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